De acordo com os materiais do artigo publicado na biblioteca eletrônica Arxiv.org, a razão pela qual a humanidade ainda não conheceu uma civilização extraterrestre inteligente é a capacidade dos alienígenas de esconderem bem da população da Terra sua comunicação ativa uns com os outros e, portanto, sinais de sua própria existência. Embora no Universo ao nosso redor, provavelmente haja algum tipo de 'cliques'.
Meio século atrás, o astrônomo americano Frank Drake surgiu com uma fórmula para calcular o número de civilizações na galáxia que são possíveis de contato. Assim, o cientista tentou estimar nossas chances de detectar inteligência extraterrestre.
Em resposta à alta avaliação das chances de contato interplanetário, o físico Enrico Fermi, usando essa fórmula, formulou uma tese, mais conhecida como paradoxo de Fermi. Segundo ele, se existem tantas civilizações extraterrestres, por que não foram encontrados vestígios delas até agora?
Silêncio cósmico
A plausibilidade da explicação popular para o Paradoxo de Fermi (chamado de 'Clube Galáctico' ou 'Zoológico Galáctico' na academia) foi testada pelo astrônomo escocês Duncan Forgan, da Universidade de St Andrews. A ideia foi desenvolvida e popularizada pelo famoso astrofísico australiano Ronald Bracewell em meados dos anos 70.
Sua essência é a seguinte: a humanidade ainda não contatou civilizações extraterrestres devido ao fato de que eles ativamente ocultam seu fato de existência dos habitantes terrestres, comunicando-se uns com os outros no âmbito de uma espécie de 'clube galáctico de civilizações', onde a Terra ainda não é digna de entrar.
Os oponentes desta teoria têm certeza de que os estrangeiros não são capazes de organizar tal clube por causa das dificuldades de comunicação, bem como a impossibilidade de manter todas as civilizações extraterrestres do contato acidental com os terráqueos até que entrem em contato com a “administração” do clube e aceitem as regras de comunicação nele.
Astrônomos russos recebem um sinal de alienígenas
Este problema interessou a Forgan, que tentou calcular se tal 'clube de civilizações' poderia realmente manter a disciplina na 'arena galáctica'. Para fazer isso, ele contou o número de civilizações que surgiram na Via Láctea desde o momento em que a galáxia apareceu até os dias atuais e determinou o número de possíveis laços culturais entre elas.
Teoria da conspiração universal
De acordo com esses cálculos, a existência de um único 'clube alienígena' é impossível devido às enormes distâncias entre os diferentes cantos da Galáxia. Ao mesmo tempo, a presença de várias coalizões locais de alienígenas, capazes de efetivamente manter a comunicação entre si, pode resolver o problema do 'isolamento galáctico' da Terra.
Sua existência se tornará possível no caso de um raro aparecimento de civilizações alienígenas próximas umas das outras, bem como desde que existam por mais de 250 mil anos. O número de tais 'cliques' dependerá da duração do intervalo entre os nascimentos de novas civilizações: quanto maior o intervalo, mais grupos de alienígenas existirão na Via Láctea.
Os cientistas relataram como deveriam ser os alienígenas
Claro, tudo isso não é uma confirmação precisa da existência de inteligência alienígena. É que, neste caso, a existência de um 'Clube Galáctico' global dificilmente é possível. Segundo o astrônomo, a existência do 'Império Galáctico' – o hegemon – só é possível se civilizações alienígenas viverem em média milhões de anos, aparecerem muito rapidamente (a cada poucos milhões de anos) e seu número total for várias centenas.
De acordo com Forgan, tudo isso é improvável, em contraste com o surgimento de coalizões locais de alienígenas, escondendo-se de nós independentemente uns dos outros.