Neste verão, a NASA planeja lançar o rover de Marte mais avançado de todos os tempos, um gigante de 1.025,12 kg que, se tudo correr bem, acabará por enviar amostras do Planeta Vermelho para a Terra.
A principal esperança é que o rover reúna novas evidências de vida, viva ou extinta, de nosso vizinho planetário. Mas a Space.com participou de uma conferência recente sobre astrobiologia em potencial em Marte e descobriu que quase todos na platéia pensavam que, se havia vida, provavelmente era no subsolo.
Na conferência Mars Extant Life, o pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, Vlada Stamenkovic, apoiou a ideia de que, se a vida marciana existe, é provável que esteja abaixo da superfície.
“A superfície de Marte é um ambiente muito oxidante e com muita radiação, no qual a água líquida não é muito estável por um longo tempo”, disse Stamenkovich. “Este é o pior lugar para encontrar lugares para morar em Marte.”
Alguns cientistas defendem a criação de robôs ágeis que possam explorar os sistemas das cavernas marcianas, mas este é um projeto técnico extremamente difícil.
Mais importante, disse Stamenkovic, seria se a agência despachasse equipamento capaz de reconhecer água subterrânea e substâncias químicas associadas a possíveis vidas.
Ou talvez, para desvendar os mistérios do subterrâneo de Marte, teremos que esperar até que a NASA implemente os tão esperados planos de enviar humanos ao Planeta Vermelho, uma missão atualmente programada para meados da década de 2030.
Fontes: Foto: NASA