Essas rochas espaciais podem destruir cidades inteiras – por que a NASA não as notou?
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Leiden, na Holanda, desenvolveu uma rede neural chamada Hazardous Object ID, que eles dizem poder prever se um asteróide está a caminho de impactar a Terra.
A nova IA identificou 11 asteróides não classificados pela NASA como perigosos, com mais de 100 metros de diâmetro – grandes o suficiente para explodir com a força de centenas de ogivas nucleares quando atingem a Terra.
Eles também se concentraram em rochas espaciais que podem voar até 4,7 milhões de quilômetros da Terra, conforme detalhado em um artigo publicado na Astronomy & Astrophysics no início deste mês.
Usando um supercomputador, os pesquisadores foram capazes de simular 10.000 anos de movimentos orbitais dos planetas do sistema solar. A equipe então ajustou a simulação simulando futuros asteróides impactando a Terra, lançando-os para fora da Terra e rastreando sua localização e órbitas exatas.
“Se você retroceder no tempo, verá colisões com asteróides conhecidos novamente”, disse o co-autor e astrônomo Simon Portegis Zwart, da Universidade de Leiden. “Assim, você pode criar uma biblioteca das órbitas dos asteróides que atingiram a Terra.”
Esta simulação serviu como um campo de teste para a rede neural, que então procurou padrões nos dados comuns aos asteróides simulados que poderiam eventualmente colidir com a Terra.
Para descobrir se a IA deles era realmente boa na detecção de asteróides, a equipe testou em dados conhecidos de 2.000 asteróides listados pela NASA. A rede neural determinou com uma precisão de 90,99% quais deles eram perigosos e quais não eram.
A equipe agora está trabalhando para tornar sua rede neural ainda mais precisa.
“Agora sabemos que nosso método funciona, mas certamente gostaríamos de nos aprofundar em pesquisas com uma rede neural e uma grande quantidade de dados de entrada”, disse Zwart. “A parte complicada é que pequenas falhas nos cálculos da órbita podem levar a grandes mudanças nas conclusões.”