A NASA diz que o telescópio pode detectar 'características da superfície' e até mesmo 'sinais de habitabilidade' em planetas distantes.
A agência espacial está financiando pesquisas sobre um telescópio conceitual chamado de 'lente gravitacional solar' (SGL), que pode nos permitir observar exoplanetas distantes em resoluções surpreendentes – uma busca futurística que pode ajudar a descobrir, de uma vez por todas, se estamos sozinhos no universo.
O projeto recebeu financiamento do programa Innovative Advanced Concepts da agência, uma incubadora de conceitos radicalmente futuristas.
A ideia é 'encontrar diretamente um planeta semelhante à Terra habitável em nossa região estelar', de acordo com a descrição do projeto. Em seis meses de observação, poderíamos obter uma resolução de cerca de 25 km, 'o suficiente para ver as características da superfície e sinais de habitabilidade.'
Albert Einstein previu 84 anos atrás que os raios de luz que circundam as bordas do sol convergem em uma lente a uma distância de cerca de 550 unidades astronômicas (cerca de 82 bilhões de quilômetros).
Slava Turyshev, um físico do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e autor principal do estudo relacionado, enviado ao arquivo de pré-impressão arXiv em fevereiro, sugere que esse fenômeno pode nos permitir obter imagens surpreendentemente detalhadas de planetas distantes como a Terra.
“Na região de forte interferência SGL, essa luz é muito amplificada, formando um anel de Einstein ao redor do Sol, representando uma imagem distorcida de uma fonte distante”, diz o artigo.
A imagem mostra até mesmo como seria um close-up de um exoplaneta usando SGL.
Mas existe um obstáculo significativo que devemos superar. Teríamos que enviar um 'telescópio coronógrafo solar' a uma grande distância do sol. Em comparação, a Voyager I está atualmente a apenas 123 unidades astronômicas da Terra – o objeto feito pelo homem mais distante já enviado.
Fontes: Foto: NASA / Slava Turyshev